Será que amamos verdadeiramente? 

Um dia desses assistindo uma palestra entrei em contato com conceitos bastante interessantes sobre o amor e suas manifestações no cotidiano, em suas diversas formas. Entre namorados, cônjuges, familiares, amigos, etc. Tudo o que foi falado corrobora com preceitos que procuro aplicar, pois acredito que realmente façam bem.

O amor é Liberdade...
Foto: Gustavo Mendonça

 


Tudo no mundo está em constante movimento, por isso é natural ocorrerem mudanças, inclusive de situações das nossas vidas e das pessoas com quem convivemos. Isto mesmo! Estamos nos transformando o tempo inteiro com nossas experiências, convergindo para um entre dois pontos primordiais e opostos: uns perseguem a evolução e outros buscam atender as vontades do ego. Mas não nos cabe julgar as razões, pois isto é individual, cada um sabe de si, e onde estão seus interesses e inclinações, por isso é necessário que se tenha respeito e tolerância com as escolhas dos outros para que possamos ter as nossas respeitadas também.

Quem aprisiona será aprisionado...


Em cada instante de nossa existência temos oportunidades de conviver com pessoas bastante diferentes, e em algum momento acabamos julgando-as através e por causa de nossos filtros, que nada mais são do que nossa impressão da realidade, e sem ao menos perceber acabamos criando rótulos para definir as outras pessoas. Nestes momentos são estabelecidas as críticas, pois no nosso entendimento são estranhas algumas características das vítimas de nosso julgamento.

Criamos conceitos de certo e errado e prendemos o outro da maneira mais carinhosa possível dizendo: isto é para seu bem. Será que queremos o bem do outro ou queremos um seguidor das nossas vontades?

Amor é confiança...



Muitas pessoas falam de ciúme como se isto fosse prova de amor, mas na verdade configura apego e insegurança.

Alguns casais têm uma forte ilusão de serem possuidores um do outro, tentando criar em volta dos parceiros cercas invisíveis com o seguinte aviso: afaste-se, propriedade privada. O Romantismo verdadeiro ocorre quando as pessoas estão juntas porque querem e não por se sentirem presas.

No momento, em que se tem liberdade e confiança, tornam-se mais fáceis manifestações verdadeiras de afeto, pois temos certeza de que a outra pessoa expressa carinho porque quer e não por mera obrigação.

 A pessoa que tem ciúmes vive sofrendo angustiada, presa na ideia constante do sofrimento da perda. Então podemos nos perguntar: o que sentimos? Amor ou apego? O ciumento torna-se preso à ideia de controle e desconecta-se da força do amor pleno, como também a pessoa alvo do ciúme se perturba e sofre, pois muitas vezes é impedido de viver com autenticidade.

E o que podemos fazer para termos melhor qualidade em nossos relacionamentos? 

A seguir algumas sugestões:

 Foto: Gustavo Mendonça



- Pensar em nós próprios e agirmos como achamos correto, sempre procurando nos conhecer verdadeiramente e descobrir o que queremos realmente;

- Deixar o outro livre para ser ele mesmo, livre para pensar e agir segundo suas verdades interiores. É importante que respeitemos o livre arbítrio das pessoas;

- Ter consciência de que tudo o que o outro faz é responsabilidade única e exclusiva dele;

- Seguir nossa individualidade e deixar que as outras pessoas sigam as delas. Bom lembrar a diferença entre individualidade e egoísmo. A primeira é inerente ao espírito enquanto que o segundo é próprio do ego. O egoísta é aquele que não quer responsabilidade e se exime da fraternidade da doação do verdadeiro amor ao outro;

- Perceber que demonstração de afeto é diferente de manipulação. Essa última é um artifício muitas vezes utilizado pelo ciumento para conseguir controlar o outro;

Não existe uma forma rígida de ser. Cada vida é individual, cada história é única, somos auto manifestação do amor de Deus, com identidades próprias. Cada ser é importante para a dinâmica do mundo. Por isso é importante que nos respeitemos mutuamente.
Devemos amar verdadeiramente as pessoas, deixando-as livres para agir com naturalidade de acordo com seu livre arbítrio. Assim estarão ao nosso lado apenas as pessoas que verdadeiramente nos amam e dessa maneira viveremos relacionamentos mais autênticos.


Que todos possam se conectar com a essência verdadeira da vida!

Um abraço fraternal! Namastê! J
Foto: Gustavo Mendonça

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